Castelo Alto do Xangô realizou em Brumado a `Fogueira de Xangô´, evento contou com a participação de várias autoridades

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A casa de Xangô, especialmente iluminada no dia, aguardava o início da festa. As árvores  e a mata do terreiro ficaram lindas com o toque especial das luzes verdes que chamou a atenção de todos da cidade e que por ali na avenida passavam, dirigindo-se para frente da gruta do castelo onde mora xangô – sentando em um pequeno banco. A poucos metros erguia-se majestosamente a fogueira, armada bem cedo e já contendo os axés próprios do orixá do fogo. A um aceno seu, uma filha de Oiá traz o seu Xeré. Pai Dionata de Xangô, com delicadeza, apanha a sineta que, ao ser vibrada, anuncia o início de uma reza. As esteiras são estendidas e sobre elas os iniciados se ajoelham, busto curvado, pousando a cabeça no chão, em direção ao Babalorixá e demais autoridades religiosas do candomblé. Sua voz faz-se ouvir, então, salmodiando cada verso como um lamento, um canto em solo é ouvido e que se repetirá por três vezes. Assim foi celebrada a "Fogueira de Xangô", de origem Yorubá, que seria um deus do fogo, muito conhecido e respeitado por grande poder e por seu caráter vingativo e violento. O evento foi realizado na parte externa do castelo, e outra no barracão, onde se realizam as danças e louvações aos Orixás. E sob o comando do medium vidente, o babalorixá Pai Dionata de Xangô, foram entoados os cânticos que estabeleceram a relação entre os homens e as divindades. O evento teve a participação da Iyalorisa, Tia Valquíria de Oxum, filha de santo de uma tradicional casa de ASE (candomblé) de Salvador terreiro de Oxumarê, e com a presença do babalorixá Pai Sérgio de Oxumarê e demais babalorixás e Yalorixás, Ogãs e Ekedis e a Fanfarra Municipal de Brumado - FAMUB, entre outros simpatizantes e convidados que abrilhantaram a grande festa de Rei Xangô. Ascom-Babalorixá Dionata de Xangô

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